Processo garante a drenagem adequada da água e impede que ela se acumule por baixo do revestimento ou infiltre pela estrutura do imóvel, o que eleva o investimento com o reparo.
Não importa o tipo de piso, cuidar do contrapiso é fundamental, pois esta é a base onde o revestimento será assentado. Além disso, seu nivelamento é fundamental, já que é responsável pelo caimento adequado, ou seja, a inclinação para que a água saia pelo sistema de drenagem. “É muito importante checar a “elasticidade” do material a ser usado e uma boa camada separadora para receber o contrapiso, pois caso contrário, as rachaduras poderão aparecer e serão percebidas quando os azulejos, por exemplo, estiverem ocos ou estufados”, explica José Miguel Morgado, diretor técnico do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI Brasil).
Sistemas de impermeabilização
Há, basicamente, dois tipos de sistemas de impermeabilização: rígidos (argamassa, pisos de concreto, fundações, entre outros incorporados à estrutura base, se tornando uma parte dela) e flexíveis (manta e membrana asfáltica, membranas acrílicas e de poliuretano, tintas, entre outros, que se adaptam à estrutura onde são aplicadas, movendo-se e se adaptando à plasticidade do material base).
Para superfícies minerais, como tijolos, concreto, cerâmica porosa, pedras, entre outros, é indicado o uso de impermeabilizante do tipo verniz acrílico ou base solvente. Deve ser aplicado diretamente à superfície, sobretudo após o seu assentamento, para garantir a repelência da água (melhor proteção contra infiltrações, umidade e vazamentos).
Já o impermeabilizante do tipo rígido (como as argamassas, cimentos poliméricos, cristalizantes, resinas epóxi, entre outros), é indicado para piscinas enterradas, banheiros, cozinhas, áreas de serviço, lavanderia, subsolos, reservatórios, áreas úmidas em geral.
Vale destacar que as cozinhas, banheiros, áreas de serviço e varandas precisam ser devidamente impermeabilizados em função da frequente exposição à água, limpeza e movimentação de pessoas (uso diário). O custo da impermeabilização de um banheiro consome menos de 1% do valor total da obra. Mesmo assim, muita gente negligencia esta proteção ou deixa a tarefa para o acabamento (confia na baixa porosidade de revestimentos como o porcelanato ou pedra natural tratada), e se esquece do ponto fraco – o rejunte. Falhas na impermeabilização de áreas molhadas podem gerar comprometimento dos cômodos nos andares inferiores; desprendimento de placas de revestimentos, formação de bolhas na pintura e danos ao forro de gesso do pavimento inferior.
Além da vantagem financeira (com a redução de problemas futuros), a aplicação adequada do produto impermeabilizante aumenta a vida útil do imóvel e garante a segurança das estruturas. Caso seja necessário corrigir a proteção contra a água em áreas molhadas, será preciso remover o acabamento. Nesse caso, o reparo pode superar em 10% o custo da obra em função do tipo e da quantidade de revestimento a ser refeito. Uma residência com boa manutenção agrega cerca de 10 a 20% ao valor do imóvel no decorrer dos anos. “A manta ou a membrana impermeabilizante deve subir pelas paredes pelo menos 20 cm acima do piso acabado. Dentro do boxe, precisa se estender até 1,90 m de altura; na banheira, outros 50 cm acima da borda”, explica José Miguel Morgado.
Os sistemas de membranas são ideais para áreas pequenas e com muitos recortes e interferências (tubos, ralos etc.). Tornam a aplicação mais rápida e possibilitam assentar o revestimento diretamente sobre a impermeabilização. Já os impermeabilizantes impregnantes são os mais utilizados. Penetram nos poros do revestimento impedindo a penetração de líquidos e não alteram esteticamente o piso. Este tipo de impermeabilização é de fácil aplicação e pode ser utilizada em áreas externas ou internas. É indicada para todo tipo de superfície, desde que não seja esmaltada (azulejo, por exemplo), sobretudo para áreas molhadas como banheiros, bancadas, cozinhas, espaço gourmet, revestidos com porcelanatos técnicos polidos, granitos, mármores, dentre outros revestimentos.
Há, ainda, os impermeabilizantes por sobreposição – formam uma película protetora sobre o piso, e protegem conta penetração de líquidos e também do desgaste do tráfego. Alteram esteticamente a superfície onde são aplicados, promovendo aumento de brilho ou deixando-a fosca. Sua durabilidade depende do tráfego, por isso precisa e deve ser renovado regularmente. Podem ser utilizados para tratar todos os tipos de pisos, com exceção dos polidos ou vitrificados, sendo ideal para pisos cimentícios, granilite, paviflex, madeira, ardósia, entre outros. O ideal é que antes da sua aplicação seja utilizado um selador.
Sobre o IBI Brasil:
O IBI – Instituto Brasileiro de Impermeabilização foi fundado em abril de 1975. É uma entidade técnica sem fins lucrativos, que tem como finalidade principal o estudo, a pesquisa e o desenvolvimento de produtos, serviços e do mercado de produtos químicos voltados para construção civil. Para tanto, promove ações e parcerias com institutos de pesquisa; órgãos públicos; projetistas e universidades. É administrado por um Conselho Deliberativo, eleito pelos sócios, com mandato de dois anos. Congrega em seu quadro sócios beneméritos, fundadores, fabricantes, aplicadores, distribuidores e revendedores de produtos impermeabilizantes e químicos voltados a construção civil.
Serviço:
IBI Brasil
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