É de responsabilidade do PLH (Profissional Legalmente Habilitado) garantir a qualidade e eficiência dos dispositivos de segurança para trabalho em altura, assim como os demais equipamentos de proteção utilizados pelos profissionais da empresa.
Mas como avaliar um equipamento que só será utilizado em caso de acidente?
Esse é um desafio que a ABNT NBR 16325 espera resolver. Dividida em duas partes, a Norma NBR 16325-1 fornece requisitos de desempenho para fabricação e teste de dispositivos de ancoragem tipos A, B e D, enquanto a NBR 16325-2 para dispositivos de ancoragem tipo C.
Entenda mais sobre a ABNT NBR 16325
Conforme descreve a norma, além de atender a diversos critérios de resistência, possuir manuais adequados para a instalação e a inspeção, serem fabricadas seguindo certos requisitos, há também um teste dinâmico no qual simula-se a queda de um usuário de uma certa altura. Esse ensaio é feito com uma massa e seu peso depende de quantos usuários a linha de vida para telhado diz suportar.
“Nem todas as empresas aplicam esse teste dinâmico, que é fundamental para garantir a segurança do equipamento em caso de queda. Ao adquirir uma linha de vida para telhado, o técnico, ou engenheiro de segurança do trabalho deve exigir a documentação que comprove os testes da empresa contratada”, orienta Christian Camara, Diretor executivo da Dois Dez Industrial e especialista colaborador, convidado do Ministério do Trabalho, na elaboração do Anexo II da NR-35 (Sobre Sistemas de Ancoragem).
Neste ensaio dinâmico são registradas também as forças de impacto que são repassadas para a estrutura onde a Linha de Vida está instalada, no caso o telhado. “Tão difícil quanto criar uma Linha de Vida eficiente é também criar um sistema de absorção que reduza drasticamente os impactos e que seja compatível com as frágeis estruturas de cobertura encontradas Brasil afora”, completa o Camara.
Ao comprar uma linha de vida exija:
1. Relatório de ensaio feito através de célula de carga conforme a NBR 16325, com fator de queda 2 e massa e ou um vídeo do ensaio do equipamento;
2. Marcações nas próprias peças: Nome da empresa, CNPJ, lote de fabricação, carga de trabalho, tipo de material, Pictograma de leia o manual, quantidade de usuários que podem utilizar ao mesmo tempo;
3. Placa de identificação e rastreabilidade;
4. Projeto – Avalie se a lista de materiais e produtos estão em conformidade com o que foi instalado;
5. Cálculo da zona livre de queda (ZLQ) – checar se a ZLQ está representada no projeto, ou se foi calculada.
6. ART – Anotação de Responsabilidade Técnica, instrumento que define quem são os responsáveis técnicos pelo projeto, ou obra.
7. Memorial de cálculo – Essa é a parte mais difícil para quem não é um engenheiro calculista. Em caso de dúvidas, peça ajuda de um profissional habilitado para avaliar essa entrega.
8. Certificado de garantia das peças (cabo de aço, grampos, sapatilhos)
9. Certificado de acabamento das peças (galvanização ou pintura);
10. Manual de utilização e instalação;
Após a instalação de uma linha de vida para telhado é muito importante:
– Realizar o treinamento da equipe para uso do equipamento instalado.
– Fazer a inspeção periódica, com laudo e ART da linha de vida a cada 12 meses.
– Desenvolver um sistema de resgate abrangente e eficiente caso ocorra uma queda e o profissional fique suspenso na linha de vida.
Christian Camara
Diretor executivo da empresa Dois Dez Industrial. Profissional de acesso por corda N3, Instrutor de acesso por corda e resgate em altura. Examinador, consultor de acesso por corda e um dos autores do manual de acesso por corda pela Abendi. Técnico Rigger pela NSL/EAL-UK, especializado em montagem e remoção de plataformas de petróleo. Possui certificação em técnicas de segurança do trabalho pela EVOLVE e IOSH – UK. É certificado em processos de Análise Preliminar de Riscos pela Shell/Vocam e Primeiros Socorros avançado pela BP, NOGEPA e UKOOA. Auditor Interno ISO-RAC.
Serviço:
Dois Dez Industrial
tel.: 19 3849 2224 | 19 3829 2220
doisdez.com.br